Endometriose e fertilidade era o tema. A especialista em Reprodução Humana e Diretora da NIDUS Medicina Reprodutiva, Dra Fernanda Polisseni, foi convidada a tirar as dúvidas das telespectadoras no MGTV Responde, da TV Integração – Afiliada Globo Em Juiz De Fora. A pauta foi Março Amarelo, mês de conscientização da endometriose, uma doença que pode causar infertilidade e diversos incômodos para as mulheres. A médica tirou diversas dúvidas ao vivo enviadas pelas telespectadoras sobre fertilização, infertilidade e sua relação com a endometriose.

As estatísticas apontam que a doença é a causa de cerca de 40% dos casos de infertilidade feminina. O diagnóstico precoce é um grande desafio nas consultas ginecológicas de rotina, pois a endometriose pode ser assintomática e só descoberta quando a mulher não consegue engravidar. Dra Fernanda enfatizou, durante a entrevista, que os sintomas mais frequentes da endometriose são a cólica menstrual intensa e progressiva, ou seja, que piora ao longo dos anos, a dor na relação sexual, no fundo da vagina ou no abdome e o sangramento vaginal fora do período menstrual. Algumas pacientes apresentam sintomas ao urinar ou ao evacuar. Eladestacou, ainda, que a doença pode, inclusive, ser assintomática e que a paciente pode apresentar uma dificuldade para engravidar, o que pode levar o médico a desconfiar da presença da endometriose e realizar a investigação.

Apesar de ser um sintoma claro, em nossa cultura ainda é muito forte a ideia de que a dor durante a menstruação é normal. Por falta de informação, são poucas as pessoas que conseguem associá-los à endometriose e, assim, o diagnóstico leva cerca de 7 a 10 anos para ser estabelecido.

Há tratamentos em nível clínico, com analgésicos e hormônios. Pode ser necessária, ainda, a intervenção cirúrgica, por videolaparoscopia. Para as pacientes que desejam engravidar, as técnicas de Reprodução Assistida podem representar uma excelente opção.

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