Quando um casal deseja engravidar de maneira espontânea, mas não consegue, mesmo depois de ter passado por uma investigação médica completa e pelos tratamentos adequados, pode utilizar uma das técnicas de Reprodução Humana Assistida para gerar um filho biológico. Entre as disponíveis estão a Inseminação Artificial (IA) e a Fertilização in Vitro (FIV). Muitas pessoas confundem os dois tratamentos ou acham que são sinônimos. Mas e você, sabe a diferença?
Basicamente, o que difere a fertilização da inseminação é a maneira como os óvulos são fecundados.
A inseminação artificial consiste em injetar espermatozoides diretamente no útero da mulher no dia da ovulação, para que o óvulo seja fecundado e o feto gerado. Para potencializar as chances de isso acontecer, a paciente toma uma medicação à base de hormônios, como o HMG e o HCG, que estimulam a ovulação. O sêmen do parceiro é colhido em laboratório e os espermatozoides com maior mobilidade, que têm mais potencial de fecundar os óvulos, são separados e injetados no útero. Já a fertilização in vitro é um procedimento mais complexo. Ela é indicada em outros casos, como, por exemplo, quando as tubas uterinas, canais que ligam os ovários ao útero, são obstruídas, impedindo a fertilização natural. O tratamento começa com injeções diárias à base de hormônios, semelhantes aos produzidos no organismo da mulher, só que em doses um pouco mais altas. Depois, o médico realiza o ultrassom transvaginal, em que um pequeno bastão envolto com camisinha e gel lubrificante é introduzido na vagina. Com uma agulha fina e guiado por esse ultrassom, ele extrai um numero variado de óvulos (que depende, por exemplo, da idade da mulher), que vão para o laboratório. Os espermatozoides do marido são separados um a um e injetados em cada óvulo. Depois, os óvulos fertilizados são colocados dentro de uma estufa, que simula o ambiente interno de uma tuba uterina, onde ocorre o a fecundação e o desenvolvimento embrionário inicial na gravidez normal. Depois de 18 horas é possível confirmar a fecundação, e já é possível ter um bebê a caminho. O embrião pode ser transferido para o útero, onde irá se desenvolver, 2 a 6 dias após a coleta dos óvulos.
Ou seja, a principal diferença entre Inseminação Artificial e Fertilização In Vitro é que na IA a fecundação é para ocorrer dentro da pelve feminina, da forma que aconteceria naturalmente. Na FIV o embrião se forma no laboratório. Somente depois de a fecundação ter ocorrido, o embrião é implantado no útero.
O uso de uma ou de outra técnica de Reprodução Humana Assistida depende do motivo pelo qual o casal está tendo dificuldade para engravidar. Consultar um médico especialista para detectar o motivo pelo qual a gravidez não ocorre naturalmente é o primeiro passo.