Preservação da fertilidade de pacientes que enfrentam quaisquer doenças ou tratamentos que possam levar ao comprometimento da função reprodutiva
Ao receber o diagnóstico de um câncer, pacientes e familiares se veem imersos em um turbilhão emocional. A incerteza do que virá, os novos desafios a serem enfrentados e os muitos questionamentos fazem parte deste momento. O número de pessoas que vivenciam esta experiência é bastante significativo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 14 milhões de pessoas foram diagnosticadas com câncer, em todo o mundo, no ano de 2012, e estima-se que até 2025 haja um aumento de 37% dos casos da doença1. Felizmente, graças à constante evolução da Medicina e os avanços nos tratamentos oncológicos, o número de mulheres e homens jovens que vencem esta batalha também tem aumentado sobre maneira1.
“Estou com câncer, doutor. E agora? Poderei ter filhos no futuro?”
O campo da ciência voltado à preservação da fertilidade de pacientes que enfrentam quaisquer doenças ou tratamentos que possam levar ao comprometimento da função reprodutiva é denominado Oncofertilidade3. Caracteriza-se pela abordagem multidisciplinar, que exige a interação de vários profissionais, sendo essencial haver plena sintonia e conjunta tomada de decisões por parte do oncologista e do infertileuta, para que não haja atraso ou prejuízo ao tratamento oncológico.
Para as mulheres na menacme, o tratamento de primeira linha destinado à preservação da fertilidade, disponível atualmente, é a criopreservação de óvulos ou de embriões. O congelamento de óvulos, na fase denominada Metáfase II, através da técnica de vitrificação, tem sido considerado o método de escolha, segundo consenso realizado em 2015 por renomadas entidades internacionais – American Society of Reproductive Medicine (ASRM), European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE) e International Society of Fertility Preservation (ISFP)4. O congelamento e posterior transplante de tecido ovariano tem sido alvo de muitos estudos e, apesar de ainda ser experimental,constitui técnica promissora para casos da de câncer em meninas pré-púberes ou pacientes com neoplasias malignas muito agressivas4. Além destas, outras técnicas também têm sido estudadas, como a Maturação Oocitária In Vitro.
Para os homens, até o presente momento, o único método disponível para aplicação clínica é a criopreservação do sêmen. O congelamento de tecido testicular e posterior autotransplante seria a opção para meninos pré-púberes, porém tal método permanece ainda restrito ao campo das pesquisas4.
A equipe NIDUS Medicina Reprodutiva está aqui para ajudá-lo! Se você tem alguma dúvida sobre este assunto e deseja maiores informações, procure o seu médico e fique à vontade em contactar-nos. Estamos de braços abertos para recebê-lo!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Lower death rates & more survivors, in National Cancer Institute: Building on Opportunities in Cancer Research. http://www.cancer.gov/about-nci/budget/annual-plan/nci-plan-2016.pdf
- Loren AW, Mangu PB, Beck LN, Brennan L, Magdalinski AJ, Patridge AH, QUinn G, Wallace WH, Oktay K.Fertility preservation for patients with cancer: American Society of Clinical Oncology- clinical practice guideline updateAmerican SOciety of Clinical Oncology. J Clin Oncol. 2013 Jul; 31(19):2500-10. Epub 2013 May 28.
- Ataman LM et al. Creating a Global Community of Practice for Oncofertility. J Glob Oncol. 2016 Apr;2(2):83-96. Epub 2015 Dec 23.
- Francisca Martinez et al.Update on fertility preservation from the Barcelona International Society for Fertility Preservation–ESHRE–ASRM 2015 expert meeting: indications, results and future perspectives. Fertility and Sterility® Vol. 108, No. 3, September 2017.